O Hospital da Baleia, localizado na Região Leste de Belo Horizonte, passará a integrar o Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de junho deste ano, conforme anunciado em um evento realizado nesta segunda-feira (26/2) com a presença de autoridades da área da Saúde. A diretora-presidente da Fundação Benjamin Guimarães, mantenedora do hospital, Tereza Guimarães Paes, afirmou que a regulação dos pacientes será feita pela secretaria municipal, deixando de atender planos de saúde e pacientes particulares para se dedicar exclusivamente ao atendimento pelo SUS.
A mudança foi oficializada com a assinatura do contrato entre a Prefeitura de Belo Horizonte e o Hospital da Baleia, com o objetivo de ampliar o acesso aos serviços de saúde. O secretário da Atenção à Saúde Especializada do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, destacou que a adesão ao SUS proporcionará mais oportunidades de internação, exames e tratamentos.
O secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, reforçou que todos os pacientes atendidos no Hospital da Baleia não terão custos e receberão atendimento de qualidade, com previsão de aumento no número de leitos, cirurgias, hemodiálises, tomografias e ressonâncias.
Com a mudança para 100% SUS, a expectativa é que o número de leitos no hospital aumente de 106 para 202 até o final do ano, segundo o Secretário Municipal de Saúde, Danilo Borges Matias, que expressou a intenção de acompanhar de perto o processo de ampliação dos serviços.
Além do aumento de leitos, Tereza Guimarães Paes anunciou uma expansão nos serviços hospitalares e de exames para 2024, prevendo atender quase o dobro de pacientes em relação ao ano anterior, quando o hospital realizou mais de 700 mil procedimentos, incluindo consultas, cirurgias, quimioterapia e radioterapia.
Antes da transição para o SUS, o Hospital da Baleia atendia 22 convênios médicos e destinava 10% dos leitos para pacientes privados. Agora, todas as especialidades serão agendadas de acordo com a demanda regulada pela Secretaria Municipal de Saúde.
O hospital também poderá atender pacientes de outros municípios por meio da central de internação, ampliando o acesso aos serviços de saúde. Quanto às dívidas, que chegam a cerca de R$ 100 milhões, a diretora-presidente afirmou que a maior parte é com bancos e fornecedores, mas acredita que, com uma gestão mais profissionalizada, será possível quitar os débitos e investir em melhorias na instituição.
Por fim, Tereza Guimarães Paes ressaltou a importância das doações para manter o funcionamento do hospital, que continua sendo filantrópico, mas agora dedicado exclusivamente ao atendimento pelo SUS.